quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O meu amigo e camarada Nuno Barracas, que se divide entre as figurações no S.Carlos e biscates aí pelo mundo, mesmo assim consegue ter tempo para estes maravilhosos textos, englobando toda uma panóplia de personalidades do mundo do teatro:

Não sei ao certo como tudo começou...sei que era mais novo, amigo do Alexandre que faz teatro..
Na brincadeira começámos a fazer umas brincadeiras com a Rita Calçada mais tarde claro quando demos por nós já erámos amigos da Lia Nogueira, ela era quem nos levava ao cafezinho onde o Bruno Simão estava a segurar uma maçaroca fosse inverno ou verão, mas ele gostava e Ana Brandão Não!
Pudéssemos ou não Pudéssemos lá íamos pedindo uma gasosa ao pai do Ivo Canelas, que lá nos ia fiando, e nós claro... agradecíamos. Mais tarde veio a escola, A PUTA DA ESCOLA! onde fizesse chuva ao sol tínhamos que apanhar com os berros da Cleia Almeida no recreio, mas o pior nem era isso!
paralelamente a isto tudo o João de Brito continuava a passear pela rua augusta com um sorriso na cara e a Kjersti Kaasa espreitava atentamente numa esquina apenas com um olho, enquanto a Teresa Tavares fazia de mulher estátua!!! O Elmano, esse não entrava nesta história, pois estava na praia a dançar com os olhinhos bem fechados!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ViDeo Clip.........................VAlete

7:09 da manhã foi a hora que acabaram as filmagens do videoclip. Dentro das muitas horas de trabalho seguídas, houve tempo para discussões técnicas, playstation, criatividade cinematográfica, etc. Os contratempos do frio e do cansaço eram rapidamente ultrapassados pela boa disposição constante de toda a equipa. O ambiente, que a abandonada prisão da Trafaria nos oferecia, era bastante sinistro. Sentia que em qualquer uma das celas existiam muitas histórias, no corredor existiam muitas histórias, passando pelos balneários até à capela, tudo estava apetrechado de histórias, na maior parte dos casos infelizes. O próprio Manuel Alegre esteve preso na Trafaria, antes do 25 de Abril, e foi sujeito a uma tortura onde não comeu durante oito dias.
Tudo isto para dizer que foi um prazer conhecer o grande Valete, para mim o melhor rapper português, sempre pronto a colaborar, mesmo quando a pestana já ameaçava fechar, ele continuava a dizer: "é isso, é isso, tou a sentir!!!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Harold Pinter

O século XX e XXI estão de luto! No dia de Natal desapareceu um dos melhores dramaturgos da contemporaneidade. Grande perda para a Inglaterra e para o mundo.
Conheci-te desde que cheguei a Lisboa, em 2004 e desde aí nunca mais me saíste da cabeça, acompanhas-me para onde quer que eu vá, e a primeira quadra é de uma inspiração divinal. Hoje, li uma entrevista do Jim Carrey, onde ele dizia que diz sim a tudo, e as pessoas deviam aprender a dizer sim, e acabou com a frase: "Sejam positivos, brinquem com a vida!"

Álvaro de Campos

TABACARIA
(15-1-1928)


Não sou nada.
Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantámo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

:)

Baile ESTC...........................................................

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Hoje, deu-se um lindo bruaaaaaa nos Armazéns do Chiado:)

Não consigo largar este cd, é simplesmente genial:
esta música, bem esta música é de bradar aos céus....

domingo, 14 de dezembro de 2008








Lisboa Menina e Moça

Nada como trocar as torradas e os filmes por um passeio pela capital, num Domingo invernoso. O ar húmido, a pinga que vem de uma varanda qualquer, o encolher do corpo para evitar o frio, todos estes factores parecem inconvenientes, mas para mim funcionam como tónico para me fazer sair de casa. A oferta que esta cidade nos dá tanto tem a extravagância da menina como a beleza da moça. As animações na rua, as castanhas assadas, as luzes de Natal, têm uma mística inigualável. Gosto de aqui estar! Para fechar a tarde nada como ver um espectáculo de Teatro Infantil, no Chapitô, foi a cereja em cima do bolo. Recomendo vivamente a pequenos e graúdos, Agora eu era. Um espectáculo fora dos estereótipos habituais das peças infantis
, onde é normal encontrarmos uma linguagem muito banal, que estimula à burrice. Uma abordagem feliz das actrizes, que com uma grande subtilidade e poucos artifícios faz-nos viajar durante uma hora.
Venham mais Domingos destes!!!
Uma autêntica relíquia, de uma voz que faz arrepiar as pedras da calçada!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

9 de Dezembro

Hoje, já ontem visto ser 00:37, comemorei 1/4 de século, não são todos os dias que fazemos 25 anos. Estes dias fazem-nos sempre viajar pelo nosso passado, recordando coisas boas com uma lágrima no canto do olho. Foi um dia carregado de sentimentos, o corpo estava como que apoderado por um turbilhão de pensamentos que me davam um ar ambíguo à face. pi pi, pi, pi, num standard desenfreado era o sinal de que não se está sozinho no mundo, e ainda há quem goste de nós.......pondo de parte os melodramas, vou ser sincero: Sabe tão bem!!! Deve-se ser realista, à medida que os anos vão passando, a aura que paira à volta da comemoração de aniversários vai-se esvaindo. É triste, mas é sinal que estamos vivos. Aposto muito no ano que se avizinha, anseio-o sem ansiar, quero gozar cada coisa a seu tempo.

PASSO EM FALSO

Trocado em bolso roto e a saber quem demanda e domina…
Sem controlar a fachada a reter no lugar da velha vida…
Tentando entrar pelo fim do prazer, pelo ganho a perder, pelo vicio melhor…
Porrada em homem morto de valor, no que resta da sina…
Ligeiro amargo na boca que se prova devagar…
Quer redimir um passo em falso sem mudar…
Tirar ao monstro o rosto sem perceber o remédio da briga…
Chamar o vácuo solto do saber... sair na voz da corrida…
Quanta da dor é real? Quanta só explode e pressiona?
Quanto do ardor se torna fatal? Quanto se esguia por onda?
Ligeiro amargo na boca que se prova devagar...
Quer redimir um passo em falso sem mudar…
Há um cintilar nessa bruma… que se quer vencida…
Na mira de um atirador, que atira sempre melhor...
Eu não recordo de cor a chama do teu amor…
As sombras travam-te o sorriso maior…
O vento troca o lugar… roda para acreditar…
Que sopra e acode sempre…

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Frase do dia:

"A chuva começa com uma gota"

(Um árabe a incentivar um amigo para que este fosse para o Paquistão, seguir o sonho de montar o seu negócio. O amigo não só não conseguiu abrir o negócio, como foi capturado por forças paquistanesas e vendido ao exército americano. Viria a ser preso e torturado em Guantánamo, vítima de mais uma injustiça feita pelos ditadores que dominam o mundo.)

Clive Stafford Smith, em Guantánamo
Dobry den











segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sem dúvida a banda do momento! Não me cansa os ouvidos, só tenho pena de ainda não ter arranjado tempo para os ver...O CD é todo fenomenal, este vídeo tem 3 das boas:

Deolinda

terça-feira, 18 de novembro de 2008


Mais uma Conquista:

Como meti no post anterior, concorri ao Ciclo de Novos Actores, e ontem fui sujeito a um júri para saber se o projecto ia para a frente. De manhã, na minha querida escola amarela quando estava a pedir o meu cafezinho matinal, disse para a nossa querida empregada: "Dona Adelaide dá para me trocar o açúcar por um daqueles com uma frase simples mas bonita?" E ela : "Claro, toma este."
Depois de almoço estava a receber um telefonema a dizer que o projecto tinha sido aceite, e que apresentavamos no Teatro S.Luiz, dias 23 e 24 de Janeiro de 2009. Não gritei, não disse que sou feliz e por acaso estava em casa, mas da maneira como a minha vida profissional está a correr actualmente, acho que não havia vidros que resistissem.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Segunda-feira será o dia de prestação de provas, uma especie de selecção para ver quem apresenta na mostra de teatro, Ciclo de Novos Actores, organizada pelo Teatro S.Luiz. Só anteontem fomos avisados por isso sobra muito pouco tempo para ensaiar, mas mesmo assim vamos trabalhar com afinco. O júri terá pessoas como Marco Martins, Beatriz Batarda, entre outros. Se o projecto passar apresentaremos em Janeiro no Jardim de Inverno do Teatro de S.Luiz. Eu acredito! eheh
Será um texto do autor italiano Antonio Tarantino, que tem como título Brilharetes.

(Dois vagabundos)

Canastro - "Onde é que que queres que eu apoie a cabeça, nas tuas calças cheias de mijo? que cheiram pior que as dum africano, que se eu encosto a cabeça aos teus tomates fico com a barba cheia de chatos; já se sabe poquê, estás sempre a morrer de frio que quando cagas já nem as calças tiras, que já deve haver um ano que não limpas o cu."

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tinha eu os meus 5/6 anos quando comecei a ir ao tão querido estádio de S.Luis, ver o meu clube do coração, o grande Farense! Lembro-me como se fosse hoje das nossas gloriosas equipas do principio dos anos 90. Um dos grandes nomes dessa altura era Manuel Ferreira Lins (MANÉ). Hoje o Farense perdeu uma grande glória, tinha 44 anos, 6 deles passados a defender as cores do S.C. Farense onde foi protagonista do episódio de ouro da nossa história - a final da Taça de Portugal 1989/1990. Mané marcou o 2º golo da vitória por 2-1 na meia-final contra o Belenenses.
Onde quer que estejas, descansa em paz, pois o teu nome vai ficar na história do nosso clube e da nossa cidade. Eu fico com um travo de nostalgia a relembrar as tuas maravilhosas arrancadas pela esquerda.
És enorme!

domingo, 9 de novembro de 2008

Há tanto tempo que não ouvia isto:

Sloppy Joe - Six Little Monsters

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

É sempre bom reconhecer as falhas que temos a nível cinéfilo, e este clássico de 1973, era uma das muitas falhas que ainda tinha por colmatar. Adorei e recomendo! Tive muita vontade de saber mais sobre o Steve McQueen, e fui à fnac comprar aquelas mini biografias, muito simpáticas que a Taschen nos "oferece". Dentro desse livro estava uma frase que tem tanto de simples como de primorosa:

- Às vezes temos que dizer adeus às coisas que conhecemos e olá às coisas que não conhecemos!

Boon Hogganbeck, personagem interpretada por Steve McQueen em Os Rebeldes (1969)

Era horrendo da minha parte não realçar a performance do Sr. Dustin Hoffman...!
Noite de Sexta, aniversário do Manel, no bar CHE em Faro:

Zeca Afonso
Quando a corja topa da janela
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta

O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta

Quando nunca a noite foi dormida
O que faz falta
Quando a raiva nunca foi vencida
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é acordar a malta
O que faz falta

Quando nunca a infância teve infância
O que faz falta
Quando sabes que vai haver dança
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta

Quando um cão te morde a canela
O que faz falta
Quando a esquina há sempre uma cabeça
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta

Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta

O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta

Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta

O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Liberdade 21

É certo que ainda não tive oportunidade de ver esta nova série da RTP, à qual só tenho ouvido críticas positivas. Na sexta feira tive a sorte de ser convidado para fazer um pequeno personagem, onde tive o privilégio de contracenar com este Sr., António Capelo. Passo a passo, rumo sei lá onde!

sábado, 25 de outubro de 2008

Esta música faz parte dos meus dias. Que espelho da realidade.....!

há noites assim.....

Sexta-feira, pensei para mim apetece-me jantar na Casa da índia. No meio de uns pica paus, gambas e coca-cola, lá apareceu uma amigo para fazer companhia. Já com o bucho bem atolado seguimos. Largo da Trindade, levantei a cabeça e lá estavas tu, dentro do teu meio de transporte cinza, que resfriado aqueles dez segundos, foi estranho, muito estranho. A não acção era evidente das duas partes, pronto já passou, mas perdi o rumo durante um grande espaço de tempo...que sensação inexplicável! A noite seguiu dentro de uma atroz vulgaridade. No caminho para casa estava reservado o brinde, uma experiência nova que nunca tinha vivido ...250 flores para pagar por um ligeiro descuido! "olha João é a vida", "Alguém sabe o que se faz nestas ocasiões?", "grãos de café é bom!", estas eram as frases predominantes. Quando vejo chegar um amigo dos teatros, olha olha então Miguel, bebeste muito? três gin tónico.... ui!!!!!!! "Eu sei o segredo! é inspirar em vez de expirar... 1.45 mesmo com truques, imagino se não soubesses...Lindo! No final das contas foi um final de noite engraçado com um Q de caricato.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Relato

Tive imensas amigas que decidiram tirar a cama do quarto. Ela chama-te uma coisa, a outra chama-te outra coisa.... olha olha o avião...é da tap, adoro a tap!!! Clara Hoopkins, Clara O´Connor. Eu vou tirar da minha bolsa o livro que eu estou lendo...uma delicia! olha um agente privado. eu disse que era só às três. Saber uma história é diferente de ver filmes. Esta história da minha mãe era so para eu saber a maneira como escrevia. Um autor que lia quando era mais nova que é deprimente, Nicholas Sparks, ele fazia-me chorar. Tens que aprender a ler com o Nicholas Sparks. Posso-te emprestar este livro quando acabar. A Insustentável Leveza do Ser é um bom livro para leres. O Memorial do convento é dos livros mais pesados que há. Difícil de ler. Compra os livros do Stanislavsky, acho que te iam fazer bem! Sabes porque que adorei os Maias e o Amor de Perdição? adoras porque és obrigada. O ensaio sobre sobre a cegueira é lindo! Sabes o anuncio do detergente? que estão assim as gajas à volta de uma mesa e ela diz... esta é minha. Escreve aí so por escrever... precisávamos de alguém para entrevistar... há algum fenómeno que acontece nos homens no pre e no pos gravidez. Os homens tem a andropausa...é a testosterona! A minha cunhada está gravida de 6 meses. Agora tenho uma sina que são os homens casados.É cena física.Uma experiência com um homem casado chega. Já contei mais ou menos à Anes. Uma vez brincadeirinhas... o que é que queres? não ia contar isto, tenho vergonha. Primeira conversa foi....ai filha não me chames nomes! ninguém me chama de frígida! como é que se chama? há outro nome. uma conversa sobre a Marta Iria, a roupa não me servia, (ela faz.se a ele) no outro dia tivemos a falar, acho que me vou embora, então adeus, então saúde.... eu desejo.lhe muita saúde. A Catarina, tivemos imenso tempo a falar, festinhas nas costas, ele ia-me levar ao carro(pediu para nao contar) tiveram 3 anos pa ter este filho...nao sejas filho da puta...compraste mentos? passou uma altura da vida a bater pivias no hospital... ao que ele diz: tu és muito apetitosa!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008





Sexta-Feira à noite voltei às noites do Braço de Prata, com o meu amigo e camarada Zé Goulão. Aqui está um cheirinho da nossa sessão fotográfica para colaborar no projecto Retrato à Sexta! Depois seguiu-se um concerto de todo inesperado, que nos deixou extasiados... Venham mais noites destas...

domingo, 19 de outubro de 2008

Domingo aquele dia...

Qualquer pessoa necessita de adquirir conteúdos seja em que aspecto da vida for. Estou numa fase, em que leio, leio, leio...e todos os textos me dizem alguma coisa, apetece-me de imediato anexá-los na minha memória e passá-los a todas as pessoas que o queiram ouvir. Pode parecer estranho, um pouco esotérico, pseudo freak, intelectualmente convicto, não sei o que lhe chamar, mas a frase do momento para mim é: O PODER DA PALAVRA!

Apetece-me partilhar o principio de um monólogo que estou a escrever:

O céu hoje tem uma cor diferente está mais opaco. Brilha meu porco!! quero-te ver brilhar como as divas no teatro. Tu nunca me falhaste!…Lembras-te daquelas tardes de Outono em que me vias olhar para a menina da mercearia. Como era bela, com aqueles olhos cor de mel, toda ela era ternura, e a delicadeza com que tocava na pêssegos e nas maças….sabes, eu tremia quando a via, parecia que estava alguém a arranhar esferovite. Era uma sensação única! Passava horas naquilo, nada me abalava, nem o fim da guerra do Golfo me fazia desarmar. Obsessão era o meu nome do meio. Porque que é que venderam a mercearia, hum? Capitalistas merdosos! No dia em que ela partiu, chorei como um recém-nascido, e não conseguia imaginar que nunca mais poderia vislumbrar aquela face desenhada a lápis de cor. Édipo seria um felizardo perto de mim. Mas sei porquê, algo me dizia que voltaria a encontrá-la, nem que fosse no sítio mais recôndito do mundo. A minha vida tinha inevitavelmente de seguir um rumo. Comprei um mapa com todas as mercearias da região, e com a minha pasteleira ye-ye meti-me à estrada. Só a minha retina a podia identificar, pois nem o nome dela sabia... (continua)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Muito boa esta relíquia!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

No último sábado (27), o cinema perdeu um de seus maiores actores, Paul Newman. Com mais de sessenta filmes no currículo, Newman morreu aos 83 anos vítima de um cancro no pulmão.

O actor pertencia a uma época gloriosa do cinema, numa geração que trouxe ao estrelato talentos como James Dean e Marlon Brando.

Casado toda a vida com a mesma mulher, Joanne Woodward, com quem teve cinco filhas, Newman sempre fez papéis coerentes, que lhe renderam o título de “Macho em Estado Bruto”.

Na vida real o actor também mantinha a fama de macho, onde foi piloto de stock car e dono de escuderia da Formula Indy. Newman também foi criador de uma marca de molhos para saladas, a “Newman’s Own, não porque ele fosse um grande mestre, mas porque não gostava das outras marcas.

És grande, mereces descansar em Paz!!!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O dia de hoje começou com alguma animação, com uma cena hilariante que gravei em Torres Vedras. Tinha coisas para resolver na minha faculdade e restava-me encarar uma decisão que tinha de ser tomada. A turma que me acompanhou durante muitos minutos nestes dois últimos anos ia "perder" um colega, numa disciplina que é um referência naquela escola, que é dirigida pelo professor João Brites. Este cadeira tem por excelência a capacidade de expor muito da nossa personalidade em prol do exercício final, por isso era muito importante fazê-lo com pessoas que já conhecemos bem. Esta vida é feita de opções, e nesta área onde estou inserido deve-se optar pelo que achamos melhor para a nossa carreira no exacto momento das nossas vidas, não sem olhar para trás, mas ter sempre a cabeça de perfil para deitarmos um olho no que andámos a fazer, para podermos melhorar. Decidi aceitar um trabalho e agora tenho de me aguentar, mas foi difícil encarar a realidade de não se poder ter tudo, e ainda mais complicado transmiti-lo aos meus colegas e amigos. Foi um momento triste mas com o quê de magia. Já está, já está, agora é para seguir em frente!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008


Sexta-Feira, dia 26, pelas 21:30 no Balleteatro (Porto), espectáculo Aqui no Paraíso, encenação de Miguel Fonseca, com os actores Ana Gil, João de Brito e Miguel Branca.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sou completamente apaixonado por esta mulher...

Elis Regina - Águas de Março (Tom Jobim)
Fritaria

Olho para a parede branca e vejo a sombra do candeeiro, ouço um sketch do herman, tenho as havaianas pretas mas não me apetece ir lavá-las, roupa espalhada pela sala, estore fechado, calor das luzes com melgas a sondar e mesmo assim continuo sentado a pensar que a semana foi muito intensa e não tomo a simples decisão de me ir deitar...... sou tão estúpido!

Entretanto sou capaz de ir fazer mais um pouco de nada antes da posição horizontal!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aquele Querido Mês de Agosto
Para controlar aquela inércia caseira das noites menos mexidas, dirigi-me ao king para ver este filme que me suscitava bastante curiosidade. Já tinha visto uma entrevista do realizador(Miguel Gomes) e pareceu-me muito pretensioso e com um toque de arrogância. À medida que o filme ia desenrolando foi-me convencendo até dizer a frase: quero pessoas, não quero actores! pensei seriamente em sair porta fora, (não que tenha alguma contra o facto de usar não-actores, mas a maneira como o disse), mas tinha uma mulher com um grande porte a meu lado não me foi possível e fiquei à espera que ele se redimisse. Depois comecei a perceber onde queria chegar, quando foi mais explicito e criticou entidades superiores, por não ter verbas para ter actores no filme. Tem momentos geniais, onde se pode ver a genuinidade das pessoas do interior de Portugal, mas tem alguns tempos mortos que tornam o filme um pouco longo. A parte final é bastante original, mas o sorriso só vem porque se adivinha o fim próximo.

domingo, 7 de setembro de 2008

Yo Yo Ma - Libertango ;)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Este video clip é completamente hilariante:

Deolinda - Fado Toninho

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Valete

No país em que vivemos, este rapaz por viver na Damaia seria rapidamente equiparado a um deliquente, mas o que é certo é que além de fazer música há muitos anos, consegue demonstrar toda a sua inteligência com as suas letras. Digam-me se Portugal neste momento foge muito disto!!!

Nada a Perder

ontem pequenos rebentos, hoje corações sangrentos
putos sub-16, as ruas são os seus apartamentos
vêm daqueles bairros de má-fama, bairros problema
onde repórteres do drama, não conseguem desligar a câmera
aqueles bairros onde toda a gente reza, mas nunca se vê um sinal
só por baixo da pirâmede é que tu vês a classe social
os bairros onde se faz caridade e onde se nega oportunidades
os bairros onde as mulheres passam a vida na maternidade
putos comercializam todos os narcóticos mas na boca só entra wella
adora a escola, há lá bué de clientela
roubam carros, casas, lojas com toda a gente a vê-los
ilícito porquê ?! as ruas são deles
é melhor temeres, evita qualquer confrontação
e é melhor saberes que esses putos não tremem com armas na mão
quando aparecem na tua zona, ninguém sai de casa no serão
só as sirenes é que fazem os putos sair do quarteirão
mas eles sabem que respeito nas ruas não é só para quem tem testículos
também é necessário, aparecer na esquadra para encher currículo
isto é a legislação das ruas e fraquejar é sacrilégio
é difícil confiar em alguém, ter amigos é um previlégio
o povo chama-os de delinquentes, marginais, inconscientes
eles sabem que não têm futuro, mas eles têm o presente
e vão sempre vivendo o momento, com a mente, doente ou sã
e pensam no dia de amanhã, só amanhã

sistema segrega e gera putos de corações sangrentos
nada a perder para quem nesta vida, vive ao momento
mal amados da nação, produtos de segregação
delinquentes puros, largam ódio em qualquer chão
sistema segrega e gera putos de corações sangrentos
nada a perder para quem nesta vida vive ao momento
mal amados da nação, produtos de segregação
delinquentes puros, não tremem com armas na mão

putos entiados do sistema têm na rua o corpo docente
muitos nunca viram o pai, porque a mãe não fodia bem o suficiente
pai ausente, mas estilo é o mesmo são pussy - dependentes
sentem amor por todas as chicas, desde que haja uma cama presente
dizem-lhes vá, sente, sexo de forma eloquente
quando elas vêm de barriga cheia, eles são inocentes
são muitas adolescentes com gravidez que não sabem a origem
lá nos bairros, aos 14 são lésbicas, se ainda forem virgens
putos seguem a caminhada, sempre com a polícia na interferência
e sempre que saiem da esquadra, dão entrada nas urgências
não é sarcástico dizer, que isso é pouco ou quase nada
basta um guarda com enxaquecas para perderem o corpo na esquadra
arriscada vida de risco, sempre acidentada
a morte bate à porta todos os dias até lhes apanhar em casa
aos centros de reincersão social, eles agradecem tamanha ajuda
lá podem comer, dormir e aprimorar técnicas de fuga
são esses putos que durante a noite fazem te ter mais 5 pernas
são eles que fazem cair ministros da administração interna
boas intenções não servem , para quem tem de sobreviver
eles querem tudo, não têm nada a perder
depois é ver a nossa oligarquia, erguer vozes contra esses chavais
que a sociedade marginaliza, e não quer que sejam marginais.

sistema segrega e gera putos de corações sangrentos
nada a perder para quem nesta vida, vive ao momento
mal amados da nação, produtos de segregação
delinquentes puros, largam ódio em qualquer chão
sistema segrega e gera putos de corações sangrentos
nada a perder para quem nesta vida vive ao momento
mal amados da nação, produtos de segregação
delinquentes puros, não tremem com armas na mão

domingo, 24 de agosto de 2008

Gostei das palavras do meu amigo Goís (www.nempaznemguerra.blogspot.com) e aqui estão elas :

Marco Fortes


Assim como reproduzi as declarações infelizes de Marco Fortes, tenho agora a obrigação moral de lhe prestar alguma justiça. Houve factos de que não estava ao corrente, e é importante mencioná-lo. Marco Fortes é um verdadeiro lutador. Um talento que veio de baixo e de famílias humildes, tudo o que alcançou foi com muito esforço e pelos seus próprios meios. Outros não poderão dizer o mesmo.
Treina sozinho 5 horas por dia, com sorte tem o treinador por hora e meia, quando o trabalho que tem numa oficina o permite. Entretanto vai completando o 12º ano. Pretende ir para a faculdade, para tirar Psicologia ou Relações Internacionais, porque diz "o Desporto não dura sempre".
É o primeiro Lançador do Peso na história do Desporto em Portugal a conseguir apurar-se para uns Jogos Olímpicos. Poucos o saberão. Como todos nós comete gaffes, umas piores que outras. Ao contrário de Vicente Moura, que foi célere em o usar como bode expiatório. Esse está sempre por cima, qual "sempre em pé", um autêntico Gilberto Madaíl das modalidades olímpicas, ou será o contrário?
Os dois têm uma característica comum, põem-se em bicos de pés quando as coisas correm bem e culpam todos menos os próprios, quando as coisas correm mal . É tocante a forma como Vicente Moura se agarrou à vitória de Nelson Évora, pedindo mais dinheiro ao Governo para as Olimpíadas de 2012, quando menos de uma semana antes se queria demitir...
Força Marco, o futuro é teu. Estamos contigo. Torcemos por ti.

sábado, 23 de agosto de 2008

Black - Pearl Jam

Oooh...Hey...

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay
Were laid spread out before me as her body once did
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed has taken a turn

Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands chafe beneath the clouds
Of what was everything?
Oh, the pictures have all been washed in black
Tattooed everything...

I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear?
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning

How quick the sun can, drop away
And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything
All the pictures have all been washed in black
Tattooed everything...

All the love gone bad turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I will be...yeah...
Uh huh...uh huh...ooh...
I know someday you'll have a beautiful life
I know you'll be a star
In somebody else's sky, but why, why, why
Can't it be, can't it be mine

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Para uma noite descansada...KOOP

In Taberna

In taberna quando sumus
non curamus quid sit humus,
sed ad ludum properamus,
cui semper insudamus.
Quid agatur in taberna
ubi nummus est pincerna,
hoc est opus ut queratur,
si quid loquar, audiatur.

Quidam ludunt, quidam bibunt,
quidam indiscrete vivunt.
Sed in ludo qui morantur,

ex his quidam denudantur
quidam ibi vestiuntur,
quidam saccis induuntur.
Ibi nullus timet mortem
sed pro Baccho mittunt sortem:

Primo pro nummata vini,
ex hac bibunt libertini;
semel bibunt pro captivis,
post hec bibunt ter pro vivis,
quater pro Christianis cunctis
quinquies pro fidelibus defunctis,
sexies pro sororibus vanis,
septies pro militibus silvanis.

Octies pro fratribus perversis,
nonies pro monachis dispersis,
decies pro navigantibus
undecies pro discordaniibus,
duodecies pro penitentibus,
tredecies pro iter agentibus.
Tam pro papa quam pro rege
bibunt omnes sine lege.

Bibit hera, bibit herus,
bibit miles, bibit clerus,
bibit ille, bibit illa,
bibit servis cum ancilla,
bibit velox, bibit piger,
bibit albus, bibit niger,
bibit constans, bibit vagus,
bibit rudis, bibit magnus.

Bibit pauper et egrotus,
bibit exul et ignotus,
bibit puer, bibit canus,
bibit presul et decanus,
bibit soror, bibit frater,
bibit anus, bibit mater,
bibit ista, bibit ille,
bibunt centum, bibunt mille.

Parum sexcente nummate
durant, cum immoderate
bibunt omnes sine meta.
Quamvis bibant mente leta,
sic nos rodunt omnes gentes
et sic erimus egentes.
Qui nos rodunt confundantur
et cum iustis non scribantur..


Ora lá vamos animar o povo de Loures.......

TEMOS CAMPEÃO!!!

..............OBRIGADO NELSON, POR CONSEGUÍRES ERGUER A NOSSA LINDA BANDEIRA DO OUTRO LADO DO MUNDO. PARABÉNS!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008


Dorival Caymmi (1914-2008)

Deixou este mundo na semana passada um grande nome da música brasileira. Quem não se lembra dele a cantar com o Chico Buarque em plena praia com as blusas do holly.

Aqui ficam os testemunhos dos ilustres brasileiros:
Daniela Mercury, cantora

"O amor que tenho pelo país, tenho por ele. Não dá para pensar em samba, Bahia e Brasil sem pensar em Dorival Caymmi."

Gilberto Braga, novelista

"Adoro tudo o que ele fez na vida, tudo dele, e mais os sambinhas alegres que ele fez."

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

""Dorival Caymmi é um dos fundadores da música popular brasileira, patriarca de uma linhagem de músicos de talento. Suas canções praieiras e seus sambas-canção são patrimônio da cultura nacional. Brilhou e inovou como compositor, músico e cantor.
Sua música é uma completa tradução da Bahia. Foi com tristeza que recebi a notícia de sua morte. Meus sinceros pêsames a sua esposa Stella Maris e a seus filhos --Nana, Dori e Danilo. Sua obra permanecerá sempre viva na memória dos brasileiros, iluminando a todos com a graça e a alegria de suas músicas."

Glória Maria, jornalista

"Ele era um cavalheiro, um dos últimos. O que mais me chamava a atenção nele eram a jovialidade e a eterna paixão pelo feminino. "Ele era uma pessoa duma simplicidade extraordinária, alegria, serenidade. Era um cara na dele, não tinha estresse, era mesmo um homem do mar. Caymmi era uma pessoa rara nesse mundo louco, globalizado, agitado. Ele conseguiu se manter Caymmi até a hora de morrer."

Chico Buarque, cantor e compositor

"Dorival Caymmi era um artista fundamental e um amigo muito querido."

Ivete Sangalo, cantora

"Eu, como baiana, tenho uma relação intensa com a Bahia de Dorival Caymmi. Ele foi um grande tradutor das coisas boas da gente, ele era um homem que via poesia em coisas do cotidiano que só ele via, com a sensibilidade que ele tinha. Mas acima de tudo, além de traduzir a Bahia, ele traduzia o Brasil. Ele foi um homem que levou a sua música para o mundo. O mundo passou a conhecer ainda mais o conteúdo cultural da gente através de Dorival Caymmi. Eu particularmente sou uma fã incondicional de Dorival Caymmi e de sua obra. Acho que a Bahia desfrutará sempre dessa auto-estima que ele inseriu em cada um de nós e ele além de um grande compositor, era o poeta da auto-estima que falava da nossa Bahia com tanta propriedade que a gente se despede sentindo muito, mas agradecendo por tudo que ele fez."

Danilo Caymmi, músico e filho de Dorival Caymmi

"Infelizmente, perdemos um grande cantor e compositor, mas a obra fica."

João Ubaldo Ribeiro, escritor

"Estou muito chateado com a morte de Dorival. Éramos amicíssimos. Tem sido uma tragédia atrás da outra para mim. Gente que é patrimônio no Brasil e a quem devemos tanta humanidade e tanta beleza e a quem os baianos devem quase a terra deles. Dorival é um grande poeta, grande artista e um grande brasileiro que vai fazer muita falta."


Até Sempre Dorival

terça-feira, 12 de agosto de 2008

DEad CoMbo - Quando a Alma não É pequena.



Grande som do momento.
Aqui vou eu rumo ao Algarve,
bom fim-de-semana a todos.

domingo, 10 de agosto de 2008

Para ti, Avó Bia...

No dia 9 de Agosto de 2008, uma das pessoas mais importantes da minha vida faria 88 anos se a vida não a tivesse atraiçoado. Sinto muitas a vezes a sua falta, era muito mais do que uma avó, era uma grande mulher a quem devo muito. Cada vez que recordo os momentos vividos a seu lado, os meus olhos enchem-se de lágrimas. Perdi-te quando tinha apenas 14 anos, por isso tenho muitas saudades, sinto a falta dos teus miminhos, de quando esperavas que acabasse a aula de rancho no colégio Algarve, de quando te levava farturas da feira de Santo Iria, e de tantas outras coisas que eram tão boas.
Ontem no Bairro Alto, mais propriamente no Caldo Verde, era como se tivesses sentada a meu lado e a tua prenda fossem aqueles magníficos fados. Tenho esperanças de um dia voltar a ver-te. Amo-te!

sábado, 9 de agosto de 2008

Seu Jorge - Zé do Caroço


É estupendo que com seis ou sete frases se consiga espelhar a realidade de um país. Maravilhoso!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

HÁ PESSOAS QUE SÃO ETERNAS!



O humor e originalidade de Adoniran aliado à genialidade de Elis, formam uma dupla que deixa saudades. Acompanham-me sempre, tenho pena que a melhor entrevista não esteja no youtube, mas esta já espelha bem a sintonia que existia entre estas duas estrelas da música brasileira, que faziam tanto com tão pouco. Abandonaram este mundo no mesmo ano (1982).

Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato, foi um compositor, cantor, humorista e actor brasileiro. Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais. Foi um grande coleccionador de amigos, com seu jeito simples de fala rouca, contador nato de histórias, conquistava o pessoal do bairro, dos frequentadores dos botecos onde se sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o único verdadeiro samba de São Paulo. Mais do que sambista, Adoniran foi o cantor da integridade. Adoniran Barbosa morre em 1982, aos 72 anos de idade.

Elis Regina Carvalho Costa foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. Era carinhosamente chamada a Pimentinha.Foi, e ainda é considerada por muitos a maior cantora brasileira que já existiu. Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli, filho do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano. Os três enveredaram pelo ramo da música. Rodeada de uma grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982, devido a complicações decorrentes de uma overdose de cocaína, tranquilizantes e bebida alcoólica. Foi sepultada no Cemitério do Morumbi.

sábado, 2 de agosto de 2008


Voltaram as idas a cinema, para ver o assassinato desta lenda. Fiquei desiludido. O Jared Leto faz uma boa interpretação, a banda sonora cumpre sem muitos rodriguinhos, mas o argumento roça o fraco, desde uma arma que aparece sabe-se lá de onde, uma depressão pouco justificada, e um crime simplesmente caricato sem ponta por onde se lhe pegue.
Não havia necessidade deste filme com uma história tão pobre.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dona


Esta música marcou a minha infância.
Quero dedicá-la à grande Senhora do Teatro Português, que comemora hoje 80 anos. Não é para todos, chegar a esta idade com o talento intacto.

Parabéns Dona Eunice Munoz.

Nem sei como descrever a minha vida nos últimos dias. Depois de passar uns dias em Sagres com o meu irmão, chegava a semana ainda mais desejada na costa vicentina. Estava marcada há já algum tempo na Naturarte Campo. Esperávamos encontrar um bom sítio para assentar arraiais e descansar da azáfama Lisboeta, que nos atormenta todo o ano. Ao estacionar o carro, vislumbrei logo o que se passava, e reparei de imediato que não estava num bom sitio, mas sim num sitio maravilhoso. Ao som dos passarinhos e alguns grilos que ali residem, começávamos o dia com um pequeno almoço muito completo, recheado de coisas boas, e ao mesmo tempo éramos contemplados com uma vista linda sobre a serra. Depois de um mergulhos na límpida piscina, seguía-se sempre uma prainha... Terça e quarta ouve paragem obrigatória em Sines, no Festival para ver os há muito desejados Dead Combo, a surpresa Waldemar Bastos e o arrepiante Vinicio Capossela. Como se diz na gíria: o que é bom acaba depressa! e a semana de relaxe total já lá ia...Avizinhava-se o regresso a Lisboa, e um teste de imagem esperava por mim para uma participação numa série, e não é que estive no sitio certo à hora certa! no mesmo dia, sugerem-me um casting para a nova novela da Sic Rebelde, e pumba já está! alteraram-me os meus próximos dois meses. Assim vale a pena interromper as férias, porque é sinal que a vida profissional corre bem.
Estou deveras feliz, mas com N coisas para definir brevemente, ou melhor, muito brevemente.