sábado, 18 de dezembro de 2010

Concerto de NOME, no Teatro Lethes!

Foi um prazer enorme ter sido convidado para poder recitar um poema (dedicado aos NOME), antes do concerto desta banda que admiro bastante e que é natural da mesma cidade que eu. Aquela noite foi especial, dentro daquela magestosa sala....houve muitas coisas que me ficaram na retina, mas esta ficou-me no ouvido:

Pulsar

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

José e Pilar

(comentário meu para o realizador, que eu conheço)

Olá Miguel, saí do cinema há cerca de uma hora, tal como te prometi fui ver o teu filme. Aqui estou meio no rescaldo, mas gosto muitas vezes de comentar as coisas ainda meio a quente, acho que sai mais das entranhas. Queria dar-te os Parabéns a ti e a toda a equipa, pelo esforço de 3/4 anos de trabalho e com este excelente resultado final. Eu nutria uma leve simpatia pelo o Saramago, mas não era um aficcionado, apenas li dois livros, vi o Blindness e o Ensaio sobre a Cegueira, do Teatro o Bando. Este filme teve o dom de fazer com que eu me interessasse mais pela obra de um Homem, que o nosso país quase esqueceu devido a politiquices bacocas. Este filme fez-me ouvir falar da morte de uma forma leviana, fez-me conhecer um sentido de humor de uma pessoa aparentemente carrancuda. Acima de tudo passou a simplicidade de um Sr.chamado José Saramago, que defendeu até ao fim as suas convicções contra Gregos e Troianos, que abandonou um país que praticamente o esqueceu e que abafou a sua morte. Embora mostre no filme que se sentia em casa, lia-se nos olhos o amargo de boca, passo a expressão, de um português que gostava do seu país e de o ter habitado mais tempo. Tenho a certeza que a Pilar levará a bom rumo todas as intenções do José, pela mulher determinada e convicta que mostra ser! Obrigado por estas duas horas. Também dou os parabéns à Claúdia Oliveira (acho, pelo que li nos créditos), pela montagem. Só tenho um reparo negativo a fazer, que é o facto de aparecer a Bárbara Guimarães no filme. Embora apareça como reporter, estão constantemente a ligá-la à cultura deste país e o que é que ela já fez pela CULTURA? Abraço

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Desabafo:

Vivemos uns tempos complicados, onde parece que tudo é escuro e ao fundo do túnel não há meio de se ver a minima claridade. O que é certo é que andamos cá, e temos de lutar pelo que queremos por mais contrariedades que existam.
Há muitas coisas que me custam, como a qualquer ser humano, mas cada vez que morre alguém ligado à Cultura, parece que fico mais pobre. Fico triste, muitas vezess, por não ter tido possibilidade de as conhecer pessoalmente, para poder beber um pouco do que cada um tem para nos dar.
Em 2011, a Cultura terá um corte de 23%, mas em 2010 perderam-se muitas personalidades ligadas à Cultura em Portugal, que embora pareça que foram arrastadas por estes tempos conturbados, a sua obra fica e irá ficar!!! pelo menos na cabeça daqueles que os estimam, não pela personalidade, muitas vezes também não pela obra, mas que os respeitam pelo que deram ao nosso pequenino País.
Hoje, deixou-nos Xosé Branco Gil.....mas em 2010, Portugal perdeu também os artistas: António Feio, João Paulo Seara Cardoso, Maria Dulce, José Saramago, Paulo Eduardo Carvalho, Luís Zagalo, Mariana Rey Monteiro, Rosa Lobato Faria, entre outros que possivelmene não me lembro.

Hoje é mais um dia triste, que o Xosé descanse em paz.

Ontem, na Culturgest, no Concerto de Sérgio Godinho, ele dedicou a música É Tão Bom, ao seu amigo João Paulo Seara Cardoso, foi um momento lindissimo! Aqui fica a letra para os mais desatentos:

Vale a pena ver
castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
pra dentro do barco
rumo à maravilha
e pé ante pédesembarcar na ilha
Pássaros com cores que nunca vi
que o arco-íris queria para si
eu vi
o que quis ver afinal

É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contar
Eu quero ir ver quem me quer assim
É bom para mim e é bom pra quem tão bem me quer

Vale a pena ver
o mundo aqui do alto
vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo
às mil maravilhas
na terra as montanhas e no mar as ilhas
Queremos ir à lua mas voltar
convém dar a curva
sem se derrapar
na avenida do luar
Aqui fica o texto de uma colega (Inês Curado) do Workshop de Interpretação para Televisão, que fiz nos últimos 3 meses:


Foram três meses.

Podem dizer que não fomos um grupo unido, mas eu sinto que fomos uma familia, e como todas as familias tivemos discussões, diferentes pontos de vista, tivemos momentos de partilha, de desabafo... Vivemos um bocadinho de tudo. Foram três meses intensos, em que conheci pessoas completamente diferentes de mim e pessoas com as quais me identifico.

Quero que saibam que vou ter muitas saudades vossas, que foram muito importantes para mim, cada um à sua maneira.

Não quero que percamos o que construímos nestes pequenos grandes meses :)


Um obrigada:

à tranquilidade da Ana Morais, da Ana Silva, da Inês Rodrigues, do Diogo Mota;

à doçura da Samanta Castilho, da Inês Oneto, da Sara Trindade, da Fernanda Carvalho;

ao sentido de humor do Hugo Bettencourt, do João de Brito, do Tiago Nogueira, do Tiago Paiva, do Vitor Ennes, do Mario Franco;

à pureza do João Bicho;

à humildade do Nuno Infante, do Diogo Dias, da Ana Rita Falcão;

à frontalidade da Marta Gil;

ao "mau feitio" do Ruben;

ao carinho da Ana Mafalda;

aos gemidos do Fernando e às fotografias da Claudia!


Tudo isto foi essencial.


Beijinhos, a mascote :)

(ps: Prefiro fazer 10 horas de tubo de vidro, a nunca mais vos ver!)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um dia especial

Desde o dia 11 de Outubro que sou uma pessoa mais realizada, consegui concretizar um sonho que venho alimentando há uns anos e que era o de fundar uma associação cultural, na cidade de onde sou natural, que me viu crescer e onde deposito um grande orgulho. Essa cidade chama-se FARO. Fundei os LAMA (Laboratório de Artes e Média do Algarve), juntamente com oito pessoas, onde exerço a função de presidente da direcção.
Sinto-me bastante orgulhoso e embora sejamos recém-nascidos, já estamos a trabalhar para crescer no presente, se é que se pode dizer isto.
SERVIÇO EDUCATIVO DA CULTURGEST APRESENTA:

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
QUA 17, QUI 18, SEX 19
DE NOVEMBRO
Em nome das artes ou
em nome dos públicos?
Discursos, linguagens e dialectos, do mediador
à mediação, em arte contemporânea


Que formas de relação com os públicos e que estratégias de mediação se configuram dentro dos museus e centros de arte contemporânea nos dias de hoje?

Públicos, artistas e mediadores revêem-se nessas estratégias de mediação?

Que novas formas de mediação desejamos para os espaços que apresentam arte contemporânea no século XXI?

Este ciclo de três dias de conferências dará voz a artistas, professores universitários, mediadores, curadores, assessores de serviços educativos e curadores pedagógicos de bienais e de eventos internacionais de arte contemporânea. Partindo dos seus discursos próprios, tentaremos analisar alguns dos paradoxos levantados pela apresentação pública da arte contemporânea.

Em que moldes se acompanha a acção do espectador sobre a recepção da arte contemporânea? A acção do espectador frente ao objecto artístico é descomprometida e livre ou pede a acção de um mediador? Será neutra a acção do mediador?

Necessitam os públicos da arte contemporânea de mediadores?

Na era da emancipação dos serviços educativos de museus e centros de arte não pretendemos discutir a sua implementação ou a sua importância, bem visível, a nível nacional e internacional mas antes discutir as problemáticas e os paradoxos que as práticas de mediação cultural vieram trazer.

Estarão presentes oradores dos mais diversos serviços educativos de Portugal e do Mundo, mas também terá algumas performances nos coffee breaks,com Ana Teresa Magalhães, Joana Barros, João de Brito e Susana Alves.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010



"O meu grande amigo João Serra, o famoso 'Senhor do Adeus', faleceu. Conheci-o há cerca de sete anos e desde então fomos todos os domingos ao cinema", escreveu ontem à noite o realizador de cinema Filipe Melo no blogue Senhor do Adeus.

João Manuel Serra ficou conhecido dos lisboetas por passar as noites na zona do Saldanha, em Lisboa, a dizer adeus aos automobilistas que ali passavam - por vezes escolhia outras zonas da cidade durante o dia.

No blogue Senhor do Adeus pode ler-se que, todos os domingos, João Serra ia "ao cinema com Filipe Melo e com Tiago Carvalho", sendo que o blogue servia "para documentar as opiniões e observações de João Serra sobre os filmes e sobre a vida". "Os comentários deixados no blogue durante a semana serão lidos ao João Serra no domingo seguinte", de acordo com os autores da página.

"Eu sou o Senhor do Olá"

"Chamam-me o Senhor do Adeus, mas eu sou o Senhor do Olá. Aquele que acena no Saldanha, a partir da meia-noite. Tudo isto é solidão? Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias de casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente", escrevia, em Março de 2008, o Expresso sobre João Manuel Serra, salientando: "São quase duas da manhã e os carros não param de lhe apitar. Nem eu de lhes acenar. Só fico triste quando o movimento acaba."

"Venho para a Praça Duque de Saldanha, desde que fiquei nas mãos de não ter ninguém. Nasci aqui perto, na casa da minha avó. Um palacete tão bonito, que o Calouste Gulbenkian quis comprá-lo. Vê-se que foi um menino rico. Sou filho de gente abastada, nunca trabalhei nem entrei numa cozinha", acrescentava o semanário, citando o "Senhor do Adeus".

Em Setembro de 2003, o Diário de Notícias escrevia que João Serra "nunca trabalhou, mas conhece a Europa toda" e "já entrou em dois filmes e até num teledisco".

No Facebook, já surgiu um apelo para uma concentração às 22h00 de hoje, no Saldanha, "para dizer adeus aos carros em homenagem ao senhor João que o fazia noite após noite". Desconhece-se o local e a hora do funeral de João Manuel Serra.


Para quem passava pelo Saldanha ou pelo Restelo, tinha direito a um sorriso simpático e cativante do Sr. do Olá, em vez do Sr. do Adeus, como ele dizia. Que descanse em paz, eu vou guardar o sorriso.

sábado, 6 de novembro de 2010

Sou fã incondicional deste génio. Há pessoas que nascem com uma estrela!!!!

MARADONA

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dia 15 de Novembro21h30 (Foyer ~ Teatro S.Luiz)
Leituras Performativas dentro e fora do S.Luiz Teatro Municipal
Com textos inéditos de A. DaSilva O., Alice Zeniter [FR], Cristián Soto [CHI], Jorge Humberto Pereira, José Maria Vieira Mendes, Mickael de Oliveira, Miguel Castro Caldas, Tiago Rodrigues, Ronan Chéneau [FR].
Tradução do francês Alexandra Moreira da Silva
Tradução do castelhano (Chile) John Romão
Direcção Nuno M. Cardoso
Assistência à direcção Marta Mateus e Marta Soares
Com Albano Jerónimo, Bruno Costa, Iris Cayatte, Joana Vale, João Abel, João de Brito, Luísa Cruz, Ricardo Correia, Rita Loureiro, Sandra Roque, Sílvia Almeida e Teresa Tavares.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010



Ganhou um menção honrosa no festival MoteLX, no cinema S.Jorge!!!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Este é o o gigantesco Happening que vai acontecer amanhã, dia 5 de Outubro de 2010, na praça do municipio em Lisboa, onde participo...Apareçam às 10:00!!!!!
Acho que já meti aqui esta música, mas além de ter passado num espectáculo que fiz, é absolutamente extasiante.....
Estou contente!!!!
A curta-metragem "Nocturna", realizada por Francisco Carvalho, onde participo, ganhou a menção honrosa no festival Motelx, no cinema S.Jorge!!!!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Poema dedicado à banda NOME!

"Enquanto a guitarra geme
O baixo pauta a disritmia
Do coração do piano que treme
Ao rufo perfumado da bateria

Da paixão de cada nota
Nascem acordes de sentimento
E uma fraternidade que brota
Do esforço de cada momento

Uma prenda índia das historias
Ensaio árduo ano após ano
Onde se tatuam memorias
E o erro é uma gota no oceano

Tu e eu eternamente num piso de réu
Retocou baton ouvido em cada esquina
Êxito que leva a lágrima dos fãs ao céu
Êxtase do vírus vitamina

Amante de sonhos em lírios e cetins
Onde o passo em falso é um outro lado
No cântico de milhões de sins
Em cada palco de estrada entoado

Juliana canção doce, um bombom
Nascida do amor de pai e filha
Que cresce ao sabor do tom
De cada estrela que no céu brilha

NOME é bandeira de uma cidade
Código Pele, uma inspiração latente
Rio que inunda de criatividade
De sonoridade inédita e contagiante"

Por: Miguel Beirão

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Esta música faz-me recordar as auls de corpo do primeiro ano do conservatório. O professor Howard Sonenklar ao seu melhor estilo, metia este som e deixava-nos apenas chegar, sentir, e ficar....

Esta música acaba comigo!!!

BACH - air suite nº3

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Vivemos numa sociedade que só vive para a fachada. O consumo é a palavra de ordem, muitas vezes para inglês ver...acendo a TV e aparecem 4 ou 5 programas, onde pessoas conseguem assumir que querem ser famosas. A imagem é que conta!!! barda merda. Cada vez se apela menos ao sentimento, ao conteúdo, mas sim ao involucro.
Irrita-me bastante, pena não ter a sensibilidade para dar esta textura às palavras, que só o Variações poderia dar:

Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas mais
Não me consumas mais

Pára de me consumir
Que tu abusas
Que tu abusas
Sempre cada vez mais
Não é fácil digerir
Pára de me consumir

Porque já estou farto
De ser o olfacto
Da tua laca e desse spray
Que é de uma marca que eu cá não sei
Ah, esses teus sais
Eu já não aguento mais

Estou enjoado do teu perfume
Esse extraído de um raro estrume
E com esse bac-stick
Não há nariz que não fique
Saturado de cheirar
Pára é de me gastar

Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas mais
Não me consumas mais

Pára de me consumir
Que tu abusas
Que tu abusas
Sempre cada vez mais (2x)
Não é fácil digerir
Pára de me consumir

Não sou coisa nova
Para a tua moda
Não sou a trança do teu penteado
Nem o cabide do teu novo fato
Sempre gostaste de ser
A cópia do geral parecer

Não sou o espelho da tua vaidade
Nem a pastilha do teu à vontade
Não, comigo não
Não sou canal de televisão

Creme de noite, creme de dia
Um que endurece, outro que amacia
Tratas muito da fachada
Por dentro não tratas nada

Não me consumas
Não me consumas
Não me consumas

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Esta música tem andado no rádio do meu carro em repeat...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Se ainda fosse vivo estaria ainda muito à frente do seu tempo.
Que letras!!! Esta é um exemplo:

domingo, 29 de agosto de 2010

Jorge Silva Melo, Público

As noites já caem cedo, os letreiros hão-de estar a acender, a estas horas, os cartazes são içados nas fachadas, a temporada começa. E o que resta da crítica ainda não corroeu a alegria do que fazemos. Para quem faz teatro, Setembro é sempre um mês de esperança, o mês feliz das marés vivas e das estreias.



Passei Agosto a olhar para as programações dos teatros desta Europa. E vejo: Patrice Chéreau vai dirigir "Sonho de Outono" de Jon Fosse em Paris (no Museu do Louvre!) - peça de que fizemos a estreia mundial em 2000 numa cave da Capital - e "Sou o Vento" (que lemos no São Luiz, aquando da visita dos Reis da Noruega) no Young Vic, em Londres, em versão de Simon Stephens (autor de quem estreámos há meses, e perante o responsável silêncio da "crítica especializada", o belo "Precipício no Mar").



Nestes 10 anos (que são os da nossa amizade), Jon Fosse passou do desconhecido que connosco bebia cervejas no Bairro e atravessava o Tejo de cacilheiro, a Prémio Ibsen (é-lhe atribuído pelo rei a 10 de Setembro).



E assim tem sido com os autores com que nos cruzámos na Capital, aquele edifício que as autoridades municipais consideraram um perigo. Os prémios italianos de 2009 foram parar a espectáculos com textos de Jean-Luc Lagarce, Antonio Tarantino, Spiro Scimone - e, neste Festival de Veneza, o enorme Ascanio Celestini estreia a sua primeira longa-metragem. Em Paris, Dimitris Dimitriadis foi o autor do ano (no Odéon). O Prémio Max (espanhol), que em 2009 foi para Juan Mayorga, foi este ano para Benet i Jornet (que editámos e nunca fizemos). Os Presnyakov, Scimone e agora Paravidino são feitos na Comédie Française, David Harrower estreou uma peça dirigida por Peter Stein...



Gente que revelámos em Lisboa - e alguns Portugal fora.



E agora que ensaiamos no São Luiz Hedda de José Maria Vieira Mendes, desce a tristeza: o que vou fazer depois disto, na temporada 2010-11? Onde tenho um folheto, onde estão as datas, os contratos, as traduções a chegar, as primeiras versões a serem discutidas, distribuições a serem completadas? É o que o estão a fazer os da minha idade (62, e já ando mouco!) nas cidades por onde também vivi, é o que se faz nos teatros, ao dobrar o Verão.



Em Outubro, estrearíamos A Farsa da Rua W, a obra-prima de Enda Walsh (mas onde?), cujos ensaios tivemos que suspender quando, em 2008, nos puseram fora das Mónicas; e em Novembro repunha Acamarrados (mas onde?) do mesmo autor, para os mostrar em alternância, e fazer vir cá o Enda que gosta daqueles aventais de minhota que se vendem nos Restauradores. E em digressão faria Um Precipício no Mar de Simon Stephens (mas onde?). Para, em Fevereiro, estrear Um Homem Falido de David Lescot (mas onde?). E depois, em Lisboa e em digressão, este era o ano para fazermos (mas onde?) Sou O Vento de Jon Fosse, Últimas Palavras do Gorila Albino e O Rapaz da Última Fila de Juan Mayorga, uma pecita minha (sem nenhuma importância, não tenham medo) que congemino sobre Franz Lizst (é o centenário - e eu devo-lhe a Lola Montes), e queria tanto fazer o Design For Living de Noel Coward (mas onde?, onde?). E começar a trabalhar uma peça do Almeida Faria (mas onde?, onde?)



E pronto, são horas de ir para o ensaio, que bom, Hedda.



Com amaríssima alegria, aproveito cada minuto de ensaio, encanto-me com os meus lindíssimos actores - e gosto tanto. Mas cada ensaio que passa é menos um dia que tenho com eles.



Pois eu sei: só ensaiarei de novo lá para Dezembro de 2011 - e é ainda um "suponhamos".



Continuamos sem local onde apresentar o trabalho de dramaturgia contemporânea que arrancámos há onze anos, quando ninguém o fazia. Chamou-se A Capital, era no Bairro Alto, no prédio que frequentaram Taborda, Eça, Ramalho - e onde expôs Columbano. E entre 1999 e 2002, foi aí que estivemos no centro da actividade teatral europeia - e alguns anos à frente de capitais mais ricas. Santana Lopes mandou-a fechar a 29 de Agosto de 2002, faz hoje 8 anos tremendos.



Entretanto, na CML, no MC, na DGArtes é um ver passar gente, presidentes, directores, vereadores e urbanistas, secretários e assessores, tanta gente - e ninguém a mandou abrir. De vez em quando chamam-me para reuniões, dizem que me sente no sofá. E o tempo passa.



E eu aqui em casa a enviar mails de parabéns ao Jon, ao Fausto, ao Juan, ao Spiro, ao Dimitris, sem saber bem que lhes dizer (quando farei a peça que lhes disse que queria fazer? E onde? Que lhes dizer da última peça que me enviaram? Algum dia a lerei com "olhos práticos"?). E eu aqui em casa, a evitar actores de quem gosto tanto, pois não sei que lhes propor.



Em Outubro, espectador, lá irei a Londres, serão férias. E em Novembro, Roma.



Mas não irei visitar os meus amigos dos departamentos literários, nem os agentes, nem os gabinetes dos teatros, não. Nenhum deles acreditará que, oito anos depois da brutal expulsão de A Capital, nada se tenha passado em Lisboa. Nenhum deles acreditará que eu, que estive tão activo na "dramaturgia contemporânea", seja agora um encenador pré-aposentado, pondo o meu carimbo (de suposto Mestre) em textos mais ou menos clássicos, em teatros mais ou menos institucionais.



Ninguém acreditará que, em Lisboa, ninguém acreditou. E que ninguém quis aproveitar o esforço (enorme e pertinente) que, com saber, oferecíamos.



Eu devia perdoar-lhes, ah, pois era, pois "não sabem o que fazem". Mas não, não perdoo.



Pois tinha sido possível, meus senhores, tinha mesmo sido possível. Artistas Unidos

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mais dois filmes que fiz para a Compal, mas que só estão disponíveis na internet:



sábado, 7 de agosto de 2010

Aqui fica uma reportagem feita por uma amiga minha:

7 a 16 de Julho de 2010 • Gazeta do Cenjor

Cultura
A música toca baixinho, junto à bilheteira do Teatro Meridional. Vim assistir ao espectáculo “Saguão” de Spirio Scimone, uma produção do Teatro dos Aloés, acolhida pelo Meridional,
no seu espaço em Lisboa,
e para falar com João de Brito, um dos actores que integra esta peça.
É um espaço confortável, onde nenhum pormenor foi deixado ao acaso. As fotografias
de anteriores espectáculos espalhadas pelas paredes. Os sofás e as pequenas mesinhas vintage. O odor agradável que paira no ar. As pessoas do teatro
são atenciosas e cirandam por ali, a certificar-se de que está tudo coordenado para receber o público que chega. Estarão connosco na plateia umas trinta pessoas, num sábado de festas populares. O espectáculo corre sem percalços
e, no final, os actores saem para falar com algum amigo ou familiar que esteve na plateia a assistir.
Há, hoje em dia, um esforço
no sentido de conhecer melhor os públicos das artes e transformar esse conhecimento
num ganho. Sem público
o teatro não se faz. Mas sem actores também não.
Actores anónimos
A maioria dos actores em Portugal não é conhecida do grande público porque não aparece na televisão. Trabalha em estruturas teatrais
existentes um pouco por todo o país. João de Brito, 26 anos, Rui M. Silva, 35 anos, e Ana Ademar, 30 anos, têm em comum o facto de terem “tropeçado” nesta arte a dada altura da vida, sem ter tido qualquer estímulo familiar nesse sentido. Os três começam a trabalhar ainda quando estudantes por convite de alguém, casos de Rui e João, ou com o apoio da escola, como sucedeu a Ana.
João, que se formou na Escola Superior de Teatro e Cinema, na Amadora, teve o primeiro contacto com a área aos 18 anos, num grupo de teatro escolar, em Faro. É
Actores (in)vísíveis
Uma montanha russa, assim é a vida dos actores em Portugal. Ana, Rui e João são três actores habituados a percorrer os palcos do país e habituados à precariedade. São os “intermitentes”. Regulamentação para o sector e educação para a arte é aquilo por que mais anseiam estes profissionais do teatroo único que tem trabalhado sempre na mesma cidade, Lisboa no caso. Mas tanto Ana como Rui têm andado um pouco por todo o país.
Ana, actriz formada pela extinta escola de actores do CENDREV de Évora, inicia-se no teatro aos 13 anos através de um curso de teatro promovido pelo Inatel no Cacém. Estabilizada por agora em Beja, é actriz residente
na Lendias d’Encantar, estrutura na qual também exerce funções de direcção.
Rui, cuja curiosidade inata o fez inscrever-se, aos 18 anos, no curso da Academia Contemporânea do Espectáculo,
no Porto, foi dos três o que passou por mais cidades portuguesas em trabalho, incluindo os Açores. Recentemente
tem estado por Lisboa e colaborado regularmente com o Teatro Meridional.
“Férias obrigatórias”
Todos já passaram por fossos
de desemprego, aquilo a que João chama as “férias obrigatórias”. O trabalho é muito descontínuo, o que faz com que os actores vivam muitas vezes numa montanha russa, emocional e financeira.
Muitos actores dão aulas para tentar dar alguma constância a vencimentos tão flutuantes. João e Ana já deram ambos aulas a crianças e Rui costuma dar formações regularmente em estruturas amadoras ou profissionais.
Todos têm trabalhado sempre a recibos verdes, enquanto “trabalhadores independentes”,
mesmo que o não sejam. “Estive numa estrutura um ano e meio mas passava recibos verdes”, conta Rui. Isto significa que, mesmo quando residentes numa companhia, os actores permanecem, em regra, numa lógica de trabalho precário. “As próprias estruturas sorriem
com isso porque não têm gastos nem responsabilidade
nenhuma para com os actores”, afirma Rui. E isto mesmo tendo horários e local
de trabalho estipulados, trabalhando sob a alçada de uma entidade patronal e recebendo um vencimento regular, coisas que definem o trabalho dependente.
Ana afirma que os colegas da área que estão à frente das estruturas deveriam ser quem melhor entende as dificuldades
deste trabalho descontínuo. Mas são os primeiros a aproveitar-se do estado de desprotecção a que os actores estão sujeitos,
o que “assusta”. “Protecção
social não há nenhuma”,
diz Rui. Em 14 anos de carreira, o actor afirma ter conhecido apenas uma companhia de teatro que faz contratos, cumprindo com as responsabilidades sociais subsequentes.
Subsídio de férias, subsídio
de desemprego, protecção
na doença, baixa de maternidade são coisas que estes profissionais desconhecem.
Todos concordam que os actores são mal pagos em Portugal. “Os ordenados são na sua maioria muito baixos se tivermos em conta que é preciso pagar à Segurança
Social e que são trabalhos temporários (dois ou três meses). Não dá para fazer poupanças ou precaver o período sem trabalho que se segue quando acabas uma produção”, diz Ana. Todos os meses, um trabalhador independente tem que pagar o valor fixo de 159 euros à Segurança Social. João, que defende pagamentos consoante o que se ganha, é peremptório: “Se quero comer, não posso pagar”.
Legislação específica e educação para
a arte
Quando se lhes pergunta o que urge mudar no panorama
teatral em Portugal, é unânime a necessidade de um estatuto específico para os trabalhadores cujo trabalho tem uma natureza intermitente. É para isto que trabalha a Plataforma dos Intermitentes
do Espectáculo e do Audiovisual, uma organização
que luta pela criação de uma legislação específica para estes trabalhadores.
A necessidade de uma educação
para a arte é também coisa que lhes parece premente.
“O que mais temos em Portugal são estruturas a fazer trabalhos medíocres porque o público não exige mais”, afirma Ana. “Há muito para fazer no sentido da captação de públicos e isto é um problema
nacional”. É necessário criar hábitos e fazer o público entender a importância da arte e da cultura no geral. “É nas escolas que o trabalho tem de ser feito”.
Há um desconhecimento enorme relativamente ao trabalho
dos actores, sobretudo os não-mediáticos, que, por isso mesmo, muitas vezes não são reconhecidos enquanto tal pelo grande público. Depois de revelarem que são actores, não é raro haver pessoas que lhes perguntam qual é, afinal, a sua profissão “a sério”.
“Como o resultado final é uma hora de conversa num palco, as pessoas pressupõem
que isso não leva muito tempo. E o que é certo é que para fazer aquela hora de espectáculo foram precisas
muitas horas e muito trabalho”.
O desconhecimento das pessoas face aos trabalhadores
da arte é grande mas “o assustador” é este desconhecimento “estender-se aos lugares do poder”, o que leva a uma “falta de consideração
muito grande”, diz Ana, influenciando decisões “dos executivos camarários e até mesmo do Estado”.
Ana, Rui e João são três actores habituados a percorrer
os palcos do país mas “ninguém os conhece”. Neste sentido a invisibilidade é amiga já que a vida corre na tranquilidade do anonimato. Mas há um outro lado. A total desregulamentação do sector e ausência de direitos no emprego.
Coisas que urge mudar num Portugal ainda tão pouco habituado à convivência com as artes e em que parece que, segundo palavras de Rui M. Silva, “os únicos curiosos pelo que se faz somos nós [os artistas] porque o fazemos”.
Ana Vasconcelos
Gostei destas palavras do Bruno Bravo:

OLHE QUE NÃO PACHECO, OLHE QUE NÃO, por Bruno Bravo

Foi com tristeza e repugnância que li o artigo que o Pacheco Pereira escreveu para a revista Sábado sobre os artistas (entre aspas) e o submundo onde se movem.

Para o Pacheco Pereira basta dizer que se é artista para se ter de imediato direito a um subsídio que depois será gasto em sabe-se lá o quê, num mundo sombrio e refundido, ao qual o comum dos portugueses (quem é esse?) não tem acesso. Testemunhado apenas por portugueses incomuns que serão, talvez, os estropiados. Para o Pacheco Pereira o teatro é o da Comuna, o da Cornucópia e o dos Artistas Unidos. Todos os outros são apenas nomes. Nomes que nalguns casos para o Pacheco Pereira são coisas. Nomes que vivem à custa do dinheiro dos contribuintes. Por trás desses nomes estão também contribuintes, sabia? A maior parte deles a contribuírem mais do que podem e sem regalias sociais como as do comum português (quem será esse?). Se o Pacheco Pereira se tivesse dado ao trabalho de investigar um pouco as outras companhias (mas isso naturalmente não interessava para o seu artigo) tinha percebido que quem conhece os Artistas Unidos, o Teatro da Comuna e o Teatro da Cornucópia, conhece também as outras companhias. E que muitos dos que trabalham nas outras companhias vieram das únicas três companhias de teatro em Portugal que o Pacheco Pereira parece conhecer. E que a maior parte desses grupos, que tão levianamente enumera, têm tido, ao longo das últimas décadas, muito mais público do que o Pacheco Pereira pretende crer. E prémios, e reconhecimento Nacional e Internacional. São eles, mais as três companhias de teatro que o Pacheco Pereira conhece, o Teatro em Portugal. O seu artigo deveria começar exactamente assim – Para Acabar de Vez com o Teatro em Portugal. Ao menos não passaria por ignorante aos olhos dos estropiados. E olhe que são muitos os portugueses incomuns, estou em crer que até são muitos mais do que os comuns (mas quem serão esses?). Ao menos dava-lhe um certo charme. Mas eu desconfio dessa ignorância, sabe? Acho mesmo que é um disfarce. Um truque sujo a ver se pega. A tentar convencer o português comum que, cá para mim, deve ser o povo de outros tempos que se quer entretido a ver folclore para não se agitar muito. O pior é que, de facto, a nossa natureza não é agitada e o Pacheco Pereira sabe isso muito bem. Como também sabe que ninguém venceu a Ministra – que recuou no corte de 10% sobre verbas de contratos assinados pelo Ministério da Cultura – porque a Ministra (que confunde dependentes com independentes) apenas estava a apalpar terreno, a medir forças com um meio que, ao contrário do que o Pacheco Pereira sugere no seu artigo, é infelizmente muito desunido no que concerne aos seus direitos mais básicos e só se junta em situações limite. Assim tem sido, pelo menos na última década. E sabe qual é o mal disto tudo? (se calhar aqui até estamos de acordo) são os malditos subsídios, que não subsídios nenhuns, mas sim concursos públicos que funcionam mal e que se traduzem unicamente em dinheiro que nem numa bica afectam na contribuição do povo (chamemos-lhe assim apenas para usar o seu léxico) e que na realidade, depois, subsidiam o preço do bilhete. Se o subsídio (infeliz nome para um concurso público) fosse mais estruturante – apoio à divulgação, cedência de espaços para ensaios e espectáculos, material, apoio a itinerâncias nacionais e internacionais, etc, se

calhar já não falávamos de subsídios. Mas isso dá muito trabalho e é um incentivo à autonomia. E isso não é bom porque assim o português comum desaparecia e o país ficava cheio de portugueses incomuns.
Tantos artistas que nós temos! Diz o Pacheco Pereira. Compreendo que lhe faça confusão tanta diversidade, mas olhe, no teatro não são assim tantos e pode crer (sabe isso muito bem) que artistas por cá, de facto há muitos, mas estão noutros sítios.
Sabe uma coisa, Pacheco Pereira, artigos como o seu enchem-me de optimismo.

Bruno Bravo

domingo, 1 de agosto de 2010

Aqui ficam os dois anúncios onde participo:



e mais um:

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Relativamente à Visita Performática, (És) Passos da Caixa, que estou a fazer no edificio sede da Caixa Geral de Depósitos, recebemos este elogio:

"Participei hoje no II Acto e a hora passou a voar. Já sou avó, mas a magia da visita fez-me relembrar os tempos de criança.
Continuem a ajudar-nos a tornar mais leves os dias de trabalho intensivo, com actividades inovadoras, cheias de humor e de sensibilidade.
Muito obrigada
. " Mª Amélia Figueiredo.

Esta é a razão da minha presença na Arte!!! É possível proporcionar momentos únicos às pessoas e conseguimos pô-las a pensar.

Obrigado dona MªAmélia!

domingo, 25 de julho de 2010

Esta música desperta a boa disposição de qualquer ser.......É Mágica!
De manhã, à tarde e de noite, calha sempre bem.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

E se o Dr. House fosse feito nos Açores???

sábado, 10 de julho de 2010

Esta música é uma maravilha:

Nunca tinha partilhado este trabalho:

MOSTRA-ME o outro lado do cinema.

segunda-feira, 28 de junho de 2010


Ontem por volta das 19:30 cheguei ao Teatro Meridional, para mais um dia de espectáculo de O Saguão, e à chegada fui confrontado com um noticia muito triste. A pessoa que com quem me estreei profissionalmente no teatro, que me passou muitos ensinamentos, que me deu conselhos nas alturas certas, que me ajudou a entrar no conservatório, e que acima de tudo acreditou sempre que eu poderia ser actor, tinha-nos deixado. A razão de eu ontem estar ali, em cima de um palco, deveu-se em grande parte a ele. Se há alguém a quem devo muito e que estarei eternamente grato é ao grande SENHOR LUÍS ZAGALLO. LUÍS, serás sempre uma referência para mim. Obrigado por tudo. Descansa em paz.

domingo, 27 de junho de 2010

É na Culturgest que tenho passado e vou continuar para já a passar boa parte dos meus dias. Aqui ficam os projectos:

© Jorge Gil de Almeida

(és)Passos da Caixa - II acto
Visita Performance

CRIANÇAS E JOVENS
ADULTOS
PAIS E FILHOS
Informações e inscrições
Serviço Educativo – Culturgest
21 761 90 78
(10h00-12h30 / 14h30-17h30)
Fax: 21 848 39 03 culturgest.servicoeducativo@cgd.pt

Concepção: Yola Pinto
Interpretação: Yola Pinto, João de Brito e Tiago Nogueira
Vários espaços do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos.
Para todas as idades €2
Ponto de encontro: Bilheteira do átrio de entrada da Culturgest
A partir de 21 de Junho também para grupos organizados de amigos! Marcação prévia.

Já sentíamos saudades de sair do trabalho de dia.
Sentíamos saudades dos fins de tarde mornos e de ir para casa sem guarda-chuva na mão.
Sentíamos falta das folhas nas árvores e de ir almoçar mais longe…
Para partilhar as alegrias da chegada do bom tempo e armazenar boas recordações para outros Invernos, deixámo-nos encantar por uma bailarina e um percurso maravilhoso que só ela consegue desvendar, aqui mesmo, no edifício sede da Caixa Geral de Depósitos.


Sábados 3 de Julho às 18h00
Quintas-feiras 24 de Junho, 1, 8, 22 e 29 de Julho, 18h00

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EXPRESS PARA ÃO ÀS 14:30

Oficina de Expressão Dramática
dos 10 aos 14 anos
de 26 a 30 de Julho
das 14:30 às 17:30
com João de Brito

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Fala da criada dos Noailles
que no fim de contas vamos descobrir chamar-se também Séverine numa noite do Inverno de 1975, em Hyères

Uma paródia inconsequente de Jorge Silva Melo
Um espectáculo dos Artistas Unidos
Integrado no Festival de Almada
destaque

TEATRO
SEX 16, SÁB 17, DOM 18
DE JULHO
Grande Auditório
21h30 (dias 16 e 17), 17h00 (dia 18) · Duração: 1h00 · M16
12 Euros · Jovens até aos 30 anos: 5 Euros

Comprar Bilhete
Informações e reservas
21 790 51 55

Os Artistas Unidos são uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes
apoio
De Jorge Silva Melo
Com Elsa Galvão, Vânia Rodrigues, Pedro Lamas, Pedro Mendes, António Simão, David Granada, Diogo Garcia, Estevão Antunes, Inês Cunha, Jessica Anne, Joana Barros, Joana Sapinho, João de Brito, João Delgado, Marta Borges, Miguel Aguiar, Raquel Leão, Ricardo Batista, Rúdi Fernandes, Sara Moura, Sérgio Conceição, Susana Oliveira e Tiago Nogueira Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistente Pedro Lamas (com o apoio de Andreia Bento)
Encenação Jorge Silva Melo
Co-produção Artistas Unidos / Culturgest / Festival de Almada

Estreia Culturgest (Grande Auditório) a 16 de Julho
Espectáculos 16, 17 de Julho às 21h30 e 18 Julho às 17h00

E no TECA (Porto) de 16 a 19 de Setembro
Espectáculos 16, 17, 18 de Setembro às 21h30 e 19 de Setembro às 16h00

Uma eterna criada evoca as ricas horas dos mecenas, os bailes loucos, a arte livre, o amor livre, o financiamento de L’Âge d’Or de Luis Buñuel, tudo na altura em que se anuncia a vinda do realizador espanhol ao palacete de Hyères onde ainda vive o Conde de Noailles, mecenas que foi dos surrealistas: estamos a meio dos anos 70 e os anos loucos já se foram, com as jóias da família. Muito livremente inspirado em O Meu Último Suspiro de Buñuel – e nas botinas do seu Diário de Uma Criada de Quarto, é claro. E Séverine era a Belle de Jour do romance de Joseph Kessel de que Buñuel e Oliveira se apropriaram, maliciosos.
Um texto de Jorge Silva Melo para a actriz Elsa Galvão que foi lido na Fundação Gulbenkian, editado pelos Livros Cotovia e é agora representado.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Este é o mais recente anúncio em que entro.
LIDL - MUNDIAL

quarta-feira, 19 de maio de 2010

NOME - Retocou o baton

terça-feira, 11 de maio de 2010

No ano passado, fiz esta pequena aparição para divulgar as candidaturas à Escola Superior de Teatro e Cinema, e ainda não tinha visto. Aqui fica o filme:

quinta-feira, 6 de maio de 2010

É muito triste quando não se pode fazer uma coisa que se queria muito, ainda por cima com este leque de actores!!!!!!
Espero que haja mais marés que marinheiros.

Dia 9, na feira do Livro, pelas 17:00.

Artistas Unidos: leituras encenadas a partir dos “Livrinhos de teatro” e da “Revista Artistas Unidos”. Com os actores: Andreia Bento, António Simão, Pedro Carraca, Sílvia Filipe, Elmano Sancho, João de Brito, Pedro Lacerda e Rita Brütt.

domingo, 11 de abril de 2010

Este é o espectáculo que irei fazer em Julho:



Fala da criada dos Noailles
que no fim de contas vamos descobrir chamar-se também Séverine numa noite do Inverno de 1975, em Hyères
Uma paródia inconsequente
de Jorge Silva Melo
Um espectáculo dos Artistas Unidos

Integrado no Festival de Almada

SEX 16, SÁB 17, DOM 18
DE JULHO
Grande Auditório
21h30 (dias 16 e 17), 17h00 (dia 18) · Duração: 1h00 · M12
12 Euros · Jovens até aos 30 anos: 5 EurosInformações e reservas
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt

Com Elsa Galvão, Vânia Rodrigues, Pedro Lamas, Bernardo Almeida, Estêvão Antunes, Gustavo Vargas, Inês Cunha, Jessica Anne, Joana Barros, João Delgado, João de Brito, Miguel Aguiar, Pedro Mendes, Raquel Leão, Ricardo Batista, Rudy Fernandes, Sara Moura, Sérgio Conceição, Susana Oliveira, Tiago Nogueira. (distribuição em curso) Cenografia e figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Co-produção Artistas Unidos, Culturgest, Festival de Almada

Uma eterna criada evoca as ricas horas dos mecenas, os bailes loucos, a arte livre, o amor livre, o financiamento de L’Âge d’Or de Luis Buñuel, tudo na altura em que se anuncia a vinda do realizador espanhol ao palacete de Hyères onde ainda vive o Conde de Noailles, mecenas que foi dos surrealistas: estamos a meio dos anos 70 e os anos loucos já se foram, com as jóias da família. Muito livremente inspirado em O Meu Último Suspiro de Buñuel – e nas botinas do seu Diário de Uma Criada de Quarto, é claro. E Séverine era a Belle de Jour do romance de Joseph Kessel de que Buñuel e Oliveira se apropriaram, maliciosos.
Um texto de Jorge Silva Melo para a actriz Elsa Galvão que foi lido na Fundação Gulbenkian, editado pelos Livros Cotovia e é agora representado.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Daqui a uma horas vou representar pela primeira vez num dos Teatros mais bonitos do país:

Teatro Garcia de Resende, em Évora!!

O Saguão, de Spiro Scimone.
Está toda a gente convidada a aparecer pelas 21:30.
Aqui fica o video promocional, com um cheirinho do que se passa:

quarta-feira, 24 de março de 2010

Depois de começar o dia enervado com as parvoíces que li, só mesmo esta grande senhora para me acalmar. Aqui fica a mensagem do dia Mundial do Teatro, que será no dia 27 de Março.

Judi Dench:

O Dia Mundial do Teatro é para nós a ocasião de celebrar o Teatro na
multiplicidade de suas formas. Fonte de divertimento e inspiração, o teatro contém em si a capacidade de unificar as inúmeras populações e culturas que existem pelo mundo. Mas ele representa muito mais do que isso, ao oferecer-nos possibilidades de educação e informação.
O Teatro acontece no mundo inteiro, e não apenas nos seus espaços tradicionais :
os espectáculos podem ser realizados numa pequena aldeia da África, no sopé de uma montanha da Arménia, em uma pequena ilha do Pacífico. Ele não tem necessidade de um espaço e de um público. O teatro possui esse dom de nos fazer rir, de nos fazer chorar, mas ele deve, também, fazer-nos reflectir e reagir.
O teatro é fruto de um trabalho de equipe. São os actores que vemos, mas existe um número espantoso de pessoas escondidas, todas elas tão importantes quanto os primeiros e cujas diferentes e específicas competências permitem a realização do
espectáculo. A eles se deve uma parte de todo o triunfo ou sucesso alcançado.
O dia 27 de Março é a data oficial do Dia Mundial do Teatro. Mas cada dia deveria poder ser considerado, de diversas maneiras, como uma jornada do teatro, pois cabe-nos a responsabilidade de perpetuar esta tradição de divertimento, de educação e de edificação dos públicos, sem os quais não poderíamos existir.
O Saguão - A insensibilidade

Gosto de um Teatro para todas as pessoas! Fico intrigado quando abro uma revista e vejo um trabalho destruído por uma pessoa que recebe para escrever sobre espectáculos de Teatro. Quando reparo que metade dessa critica fala da sinopse do espectáculo, sempre respiro de alivio e penso que existe publicidade dentro da critica, o resto das palavras são desastradas como as nossas interpretações neste espectáculo. Não se pode agradar a todos, essa é uma verdade absoluta, mas existe a consciência de que temos chegado ao interior do nosso publico e conseguimos fazê-lo questionar-se. Têm que existir sempre pessoas para falar mal, mas estamos cá com força e venha quem vier não vamos desistir de quem tem gostado do nosso trabalho que é uma considerável maioria. Como diz o Palma: "Enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar...."

sexta-feira, 19 de março de 2010

Fiz um sketch para o programa 5 para a meia noite, apresentado pela Filomena Cautela.
Quem quiser ver aqui fica o endereço:

http://tv1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=25861&idpod=36849&formato=wmv&pag=recentes&escolha=

terça-feira, 16 de março de 2010

Estreia já amanhã, dia 17 de Março, O Saguão, de Spiro Scimone.
Nos Recreios da Amadora pelas 21:30 e vai até dia 28 de Março.
Apareçam!!!

Aqui fica um cheirinho do que se vai passar:




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


"O Saguão de Spiro Scimone" | Teatro dos Aloés

Num saguão cheio de imundícies encontramos Peppe, Tano e Alguém.
Três homens que já não sabem o que é o tempo mas ainda querem tanto viver.
Com os seus pequenos gestos, com a vontade de se ouvirem, com o prazer de brincarem. Porque naquele pátio interior ninguém lhes pode retirar o prazer de brincar. Naquele saguão ainda podem recordar, ainda podem existir. O pátio interior é o lugar das suas brincadeiras de infância onde tudo é permitido, onde tudo parece possível. Onde é possível inventar um mundo mágico, basta respeitar-lhe as regras. Aí vivem Peppe e tanto, dois desesperados, no meio do lixo com ratos que lhes comem os pés. Não sabemos de onde vêm nem que ligação têm.
Um texto onde é possível colocar as mais amargas perguntas da actualidade, as mais pequenas obsessões do dia-a-dia. Com um ritmo cómico que não abranda e que investe a velocidade incolor da linguagem de televisão. Um texto que alterna uma abstracção cruel com o realismo poético.

Il Cortile foi o vencedor do prémio Ubu para a melhor peça de teatro italiana em 2004.

| FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA |

Autor - Spiro Scimone
Tradução - Alessandra Balsama e Jorge Silva Melo
Encenação - Jorge Silva
Cenografia e Figurinos - Teresa Varela
Desenho de Luz - Pedro Domingos
Designer Gráfico - Rui Pereira
Produção - Teatro dos Aloés
Assistente de Produção - Joana Paes
Interpretação - Daniel Martinho, João de Brito e Luís Barros

| CALENDÁRIO DE EXIBIÇÕES |

17 a 28 de Março - Recreios da Amadora de de Quarta a Sábado às 21.30 e Domingo às 16.00 horas
9 e 10 de Abril - Teatro Garcia de Resende- Évora
7 a 9 de Maio - Fórum Romeu Correia- Almada

domingo, 31 de janeiro de 2010

Meu Bichinho, Meu Amor, de Luisa Ducla Soares

Encenação: Paulo Lage
Figurinos: Sandra Catarino
Actores: Cheila Lima, Fabiola Lebre, Francisco Arraiol e João de Brito.

Teatro Bocage

Dias 7, 14, 21 e 28 de Fevereiro, pelas 16:00.

APARECE!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Teatro dos Aloés
Estreia dia 17 de Março nos Recreios da Amadora

Saguão, de Spiro Scimone
Encenação: Jorge Silva
Tradução: Jorge Silva Melo
Cenografia: Teresa Varela
Desenho de Luz: Pedro Domingos
Actores: Daniel Martinho, João de Brito e Luís Barros.
Patinho Feio, a partir da obra de Hans Christian Andersen
Encenação: Joana Barros
Actores: Cheila Lima e João de Brito
No Teatro Bocage no mês de Janeiro, aos sábados às 16:00 e Domingos às 11:00.