quarta-feira, 26 de março de 2008
domingo, 23 de março de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
Uma mãe pede loucamente para que o filho ganhe juízo, ao mesmo tempo este suplica para que ela fale baixo. Um fura tímpanos mantêm o som ambiente de uma deprimida sala de espera. O sinal que antecede as tão desejadas chamadas. A sinfonia perfeita de um ressonar de almas penadas que aproveitam para passar a noite na companhia das pessoas dos uniformes pálidos, que passam a vida a repetir a mesma ladainha: Vá para casa, o sr.(a) não tem nada! Ao tentar pender a cabeça para o lado direito, o meu olfacto distingue imediatamente o cheiro típico de uma pessoa descalça, bom, pensei de mim para mim, vou tentar o esquerdo...já com as pálpebras unidas, começo a sentir ligeiros salpicos de uma tosse compulsiva...grrr inacreditável! a primeira coisa que vi quando entrei foi um papel que dizia: "Se tossir, tape a boca!"
Não desejo a ninguém uma noite passada no hospital, é neste momentos que nos sentimos vulneráveis, tudo o que nos rodeia ate ali perde o sentido, as reservas que nos restam são consumidas pela negatividade do nosso pensamento.
O lado bom é o sorriso que se apodera das pessoas que recebem alta, dá-nos uma leve esperança.....
sábado, 15 de março de 2008
Já dizia o outro....mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Hoje em dia são poucas as vezes que estamos todos juntos,
mas quando isso acontece cai o "Carmo e a Trindade".
Belos tempos, quando não havia tanta preocupação, a idade adulta teimava em não aparecer, os dias eram bem longos, as loucuras constantes sem o mínimo juízo...que Saudades!
quarta-feira, 12 de março de 2008
numa noite que teima em passar a voar,
e eu a contrariá-la com um tremulo abrir de pálpebras,
imbuído de um espírito constantemente efusivo
quero neste momento um arrepio fácil que me embale para um ambiente mais calmo e me dê aquelas importantes oito horas de sossego que tanto aspiramos.
Melomenoritmica - Alvo
Dei comigo a conversar com a dona dos meus últimos sonhos, de amor ou de fantasia dizia não saber o que era amar, se perguntar são 1000 razões, muitas delas tão difíceis, trocar por opiniões minhas , sobre amor.
Sinto que algo se prende mesmo sem descortinar, sinto que algo se rende à minha forma de estar, será sempre difícil. Parti para viajar à volta dos teus anéis de escudo, deixei-te de procurar
tentei esconder-me no escuro, deixei-te falar... abriram-se as portas do teu abismo de metal, quando o dia amanheceu cheio de nada de mal, as palavras eram surpresas iguais às que tinhas sonhado, os teus corais brilhavam sem dor, como se o tempo parasse de contar, deixasse passar. conta o que desejas, conta....as palavras eram surpresas iguais às que tinhas sonhado e os teus corais brilhavam, sem dor, como se o tempo parasse de contar, deixasse de passar.
segunda-feira, 10 de março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
O texto tem tanto de bom como de perverso!
Aqui fica um excerto:
EDDIE (sentado, atira a luva para cima da mesa. Pausa curta) May, olha. May! Eu não vou para lado nenhum. Vês? Eu estou aqui. Não me fui embora. Olha. (ela não olha) Não sei porque é que não queres olhar para mim. Tu sabes que sou eu. Quem é que havia de ser? (pausa) Queres um copo de água ou qualquer outra coisa? Hum? (ele levanta-se lentamente, aproxima-se cautelosamente dela, acaricia-lhe a cabeça com suavidade, ela continua quieta) May! Vá lá. Não podes continuar assim. Há quanto tempo é que estás para aí sentada? Queres que eu vá lá fora e te traga alguma coisa? Umas batatas fritas ou qualquer outra coisa? (ela agarra de repente com os dois braços a perna dele que está mais próxima e aperta-a com força, metendo a cabeça entre os joelhos dele) Não me vou embora. Não te preocupes. Eu não me vou embora. Vou ficar aqui. Já te disse. (ela agarra-se ainda com mais força à perna dele, ele fica parado, acaricia-lhe suavemente o cabelo) May? Larga-me, está bem? Querida? Eu meto-te na cama. Queres? (ela agarra-lhe na outra perna e aperta-lhe as duas com força). Vá lá. Meto-te na cama e faço-te um chá quente ou outra coisa qualquer. Queres chá? (ela abana violentamente a cabeça e continua agarrada às pernas dele) Com limão? Ou queres Ovomaltine? May? tu agora largas-me, está bem? (pausa, depois ela empurra-o e volta à sua posição inicial) Agora deita-te e tenta descansar. (ele começa a tentar deitá-la suavemente na cama puxando os cobertores para trás. Ela reage furiosamente, salta da cama e bate-lhe com os punhos. Ele chega-se para trás. Ela volta para a cama e olha para ele, furiosa e zangada)
EDDIE (depois de uma pausa) Queres que eu me vá embora?
(Ela abana a cabeça.)
MAY- Não!
EDDIE- Então o que é que tu queres?
MAY- Cheiras mal.
EDDIE- Eu cheiro mal.
MAY- Cheiras.
EDDIE- Estive dias ao volante.
MAY- Os teus dedos cheiram mal.
EDDIE- A cavalo.
MAY- A rata.
EDDIE- Então, May.
MAY- Cheiram mal, cheiram a dinheiro.
EDDIE- Não vamos começar com essas merdas.
MAY- A rata limpa. Muito limpa.
EDDIE- Sim, está bem.
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K's Choice - Believe
sexta-feira, 7 de março de 2008
quarta-feira, 5 de março de 2008

As horas passavam, tudo fazia querer que o dia ia ser banal, começando e chegando ao seu terno dentro de quatro paredes, numas semi-férias tão saborosas. Ao consultar a bela da agenda, no dia 29 de Fevereiro saltava à vista um apontamento precioso....Carta Branca a Jorge Palma no CCB.. Oh João acorda para a vida, nem te lembravas do concerto!
Tudo mudava de figura.....
Sentei-me na ultima fila do 2ºbalcão, ena pá o grande auditório está à pinha!
Da entrada aos primeiros acordes sofri um turbilhão de arrepios,
mas o inicio foi sóbrio, a pouco e pouco ele encostava-se a mim, e dizia-me levemente com a sua voz bem vivida, a gente vai continuar e ninguém nos vai parar. Na passagem para o piano, Jorge leva uma garrafa à boca e alguém grita da plateia: "água"?... e ele com o seu jeito esboçou um leve sorriso, estava criado o clima para uma noite mágica.
A presença do seu inconfundível filho, Vicente Palma, e do quarteto Lacerda, foram as cerejas em cima de um bolo que foi devorado num ápice, duas horas pareceram dez minutos.
Obrigado Palma!