segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Num passeio qualquer, onde batem as ondas cintilantes, caminho desmesuradamente sem rumo, em busca de sei lá o quê, ena olha uma carochinha! vem numa velocidade nervosa como quem anseia algo, será que vai para o mesmo sitio que eu?A luminosidade incandescente foge para trás das nuvens rebeldes que se aconchegam. Está a anoitecer! Ao tentar focar o olhar, perco uma lágrima na imensidão da calçada, perdi o foco, e agora? Vivo agora com os quatro sentidos, aliados a uma orientação desorientada. Sinto-lhes o bater, sei de onde vem aquele som característico, ai a brisa que me treslouca a face enrugada. Tractor, há um tractor que me guia com os vários centimetros de rasto, ups acho que destruí uma tarde de esforço de um miúdo qualquer, mesmo assim o pesar na consciência não me faz desistir, já num fervoroso cambalear avisto um pescador que em conversa animada afirma ao colega: amanhã é outro dia camarada!

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