quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Que paz. A Dora costumava dizer nos dias em que eu não tinha ganho o suficiente, tu e a tua harpa! Mais valia andares de gatas com as medalhas do teu pai pregadas no cu e um mealheiro pendurado no pescoço. Tu e tua harpa! Quem é que pensas que és? E obrigava-me a dormir no chão. Quem é que eu pensava que era...Ah isso...nunca fui capaz de....nunca fui capaz...Se escutasse o tempo suficiente, ouvia uma corda a ceder.
B
A tua harpa?. Que história é essa da harpa?
A
Dantes tinha uma harpazinha. Cale-se e deixe-me escutar.
B
Vai ficar muito tempo assim?
A
Fico horas à escuta de todos os barulhos.
Grande escritor do século XX
SAMUEL BECKETT
domingo, 24 de fevereiro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Porquê que as noticias falam uma semana do mesmo assunto, quando a vida é tão simples de resolver!
ADONIRAN BARBOSA
Lá no morro quando a luz da light pífa
A gente apela pra vela, que alumeia também (quando
tem)
Se não tem não faz mal
A gente samba no escuro
Que é muito mais legal (e é natural)
Quando isso acontece
Há um grito de alegria
A torcida é grande pra luz voltar
Só no outro dia
Mas o dono da casa
Estranhando a demora e achando impossível
Desconfia logo que alguém passou a mão no fuzíl
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Life On Mars?
Seu Jorge
Composição: David Bowie (versão Seu Jorge)
Quando as coisas do coraçãoNão conseguem compreender
O que mente não faz questão
E nem tem forças pra obedecer
Quantos sonhos já destruí
E deixei escapar das mãos
Se o futuro assim permitir
Não pretendo viver em vão
Meu amor não estamos sós
Tem um mundo a esperar por nós
No infinito do céu azul
Pode ter vida em Marte
Então, vem cá me dá a sua língua
Então vem, eu quero abraçar você
Seu poder vem do sol
Minha medida
Então vem, vamos viver a vida
Então vem, senão eu vou perder quem sou
Vou querer me mudar para uma life on mars
Quando as coisas do coração
Não conseguem compreender
O que a mente não faz questão
Nem tem forças pra obedecer
Quantos sonhos já destruí
E deixei escapar das mãos
Se o futuro assim permitir
Não pretendo viver em vão
Meu amor, não estamos sós
Tem um mundo a esperar por nós
No infinito do céu azul
Pode ter vida em Marte
Então, vem cá me dá a sua língua
Então vem, senão eu vou perder quem sou
Seu poder vem do sol
Minha medida
Então vem, vamos viver a vida
Meu bem, senão eu vou perder quem sou
Vou querer me mudar para uma life on mars
Por mais que mude de músicas no mp3 esta fica sempre, fantástica!
sábado, 16 de fevereiro de 2008

O lado selvagem que temos dentro de nós nem sempre é relevante, ao ponto de nos conseguir fazer agir. Caminhadas serenas ao final da tarde, transportam-nos para realidades distantes, que só são invariavelmente utópicas porque nós fazemos a nossa própria utopia. "Vivo, mato, exerço o poder delirante do destruidor, ao pé do qual o do criador parece uma macaquice." Camús. Penso exaustivamente naquelas músicas, no cair da solidão nocturna, no frio, no viver com uma vontade de afirmação, seja ela qual for. Com Alexander Supertramp nasceu qualquer coisa em mim, que me faz pensar, segundo a segundo, o que será? Com um argumento que nos deixa abananados, uma banda sonora arrepiante, uma fotografia aliciante, um Emile Hirsch à altura e dirigido por quem é, só podia ser um dos melhores filmes dos últimos tempos, sem dúvida!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Tu és como o teu pai, foste para Angola para conhecê-lo, não terás filhos porque não estás pronto para ser tratado do mesmo modo que foste. Tens o feitio dele mas tens um coração mole, um tanto ou quanto amanteigado...tens um pouco de cada ascendente. O teu irmão partiu para lá com 17 anos, anteriormente a isso o teu pai era uma pessoa do outro mundo, ele foi a causa dos disturbios. És paciente, habituas-te à vida que tens, e jogas com isso, mesmo que essa sensação de poder seja volatil. Idas ao cinema, jantar fora sem compromisso, levar um estilo de vida dedicado à profissão, sou igual ao outro, o outro chama-se meu pai, somos uns autenticos workaholic. Eu não a amo, não sou apaixonado, não sei o que me prende a ela, mas digo-lhe directamente que não me sinto bem na sua companhia. Tenho a misantropia dentro de mim, mas tento controlá-la, dou-te razão mas fico sempre com o que penso na altura. Eu ouço o que tu dizes, mas cada um fica com a sua, eu não mudo de ideias facilmente, as minha ideias são fixas e imutaveis. Ninguém é o dono da verdade, mas essa verdade pode ter varias respostas verosimeis, ceder? Estou no limbo, no limiar da certeza, não impinjo a minha palavra a ninguém. Sou ateu! conheces sartre? Sou sartreriano ao máximo, sou livre de fazer o que me passa pela cabeça, acarreto com as consequencias e é fodido! Dou o braço a torcer porque adoro aprender, detesto quem não saí da cepa torta......picuinhas. Quando vou ao Porto, basicamente sou o relações publicas e estou com elas. O sábado é o dia dos amigos, ninguém sai com as namoradas! Vem uma, vÊm todas! O sexo masculino na repsol, e elas dentro do carro....o chamado grupo dos carros no seu ritual semanal.
Dedicado ao pé esquerdo (white)
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
É um orgulho ter feito parte deste clube e desta compilação:
domingo, 10 de fevereiro de 2008
então e as carteiras? e ele depois de responder, olha para mim fixamente e diz: tu és Sagitário! admito que perdi a respiração por 3 segundos, que cena marada! A história não ficava por aqui, esse profeta, estava acompanhado de uma pseudo artista, que me confrontou com alguns poemas da sua autoria em troca de moedas, não rejeitei, e com 1 euro recebi 3 poemas, qualquer um deles divinais, pois dá para compreender a tralha que aquela rapariga leva na cabeça, mas tinha sido generosa e por isso achei-lhe piada......meu deus tive que ficar à conversa 15 minutos e concluí que ele estava num estado algo alterado e ela fazia do alterado o seu estado normal.
Deixo-vos com um belo poema da Anabela Raposo:
Poema do Azargalhado
O azargalhado deu uma gargalhada
que ecoou no ah
e olhou-se ao espelho
a ver-se ao olhar
ao menos teria
uma cara de azar
e o que pensou
deu-lhe que pensar
é que tinha sorte com o seu azar
e gargalhou só mais uma vez
o que dava sorte às duas por três
o que o azar seria
até nem sabia
por isso lhe davam a alcunha de azargalhado
Não fosse o diabo tecê-las
brindou sem saber
se ao azar se à sorte
ao que um homem quiser
pois pr'alguns terem sorte
ficai a saber................................é ter muito azar.
FARO, primitivamente denominado Ossónoba, terá surgido por volta do século VIII a.C., durante a colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. Tinha então um carácter de entreposto comercial, integrado num vasto sistema mercantilista baseado na troca de produtos agrícolas, pescado e minérios, situação que se manteve nos períodos grego e cartaginês.
É a minha cidade natal, tenho uma grande afeição por ela, mas é uma autêntica pasmaceira. ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Este é o texto que me acompanha para todo o lado e que me atormenta os pensamentos...interessante ver como os nórdicos conseguem compactar tantas ideias em tão poucas páginas, um verdadeiro mundo enigmático que dá vontade de descobrir ao milímetro.
" Mas não acredito no que disse sobre os girinos pois não irei receber as minhas sacas de trigo antes de quarta-feira."
Lagerkvist